Não me peças mais poemas
que eu sou a desordem
assassina e construtora
dos meus eus,
de alma à procura e em debandada
do teu cálice.
Não me peças mais poemas
que eu sou o canto
no deserto e no oásis
de um palco sem auditório
repleto de cegueira,
sem cortina de fogo e vomitório.
Não me peças mais poemas
que a tua rosa é cadeia sem desonra,
é saia comprida
ainda sem rugas
da liberdade de te amar
na desordem dos meus e dos teus eus.
retirado do blogue do Nilson, com a devida autorização.
Podem visitar o mesmo:
http://nilsonbarcellipoesia.blogspot.pt/