Mariano Rajoy, líder do PP, primeiro-ministro em exercício de Espanha, foi o último a ser ouvido hoje pelo rei Felipe VI
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Rei Felipe VI informou o presidente do Parlamento espanhol, Patxi López, que o líder do PP e primeiro-ministro em exercício, Mariano Rajoy, declinou o seu convite para ser candidato à investidura. Porém, não retirou a candidatura à liderança de um novo governo em Espanha. Crise política agrava-se.

A informação foi dada num comunicado da casa real, no dia em que o Felipe VI terminou a ronda de consultas pelos partidos com o objetivo de conseguir dar aos espanhóis um novo governo. O monarca irá encetar quarta-feira uma nova ronda pelos partidos com assento parlamentar.

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“O rei convidou-me para que me apresentasse à investidura. Agradeci o gesto. Mas neste momento não estou em condições de me apresentar. Mantenho a minha candidatura a primeiro-ministro, mas não tenho apoios para me submeter à investidura. Esta manhã conhecemos uma candidatura que reúne menos votos contra do que a minha. Não fazia sentido que preparasse a minha investidura enquanto outros negoceiam um governo”, declarou Mariano Rajoy, na Moncloa. E esclareceu: “Não disse não à investidura. Só transmiti que não tenho apoios. Demos tempo e margem para o diálogo em nome do interesse geral de Espanha e dos espanhóis. Vale a pena”.

Esta notícia surge no mesmo dia em que o Podemos, liderado por Pablo Iglesias, propôs ao líder dos socialistas, Pedro Sánchez, um acordo de coligação para formar governo. De acordo com a proposta, Sánchez seria primeiro-ministro e Iglesias vice-primeiro-ministro. O líder do PSOE, que é contra a promessa de referendo sobre a independência da Catalunha, feita pelo Podemos, não esclareceu ainda se aceita ou se rejeita a oferta feita por Iglesias.

O rei Felipe VI informou o presidente do Parlamento espanhol, Patxi López, da decisão de Rajoy, tendo convocado o socialista basco para uma nova audiência formal, no Palácio da Zarzuela, na segunda-feira. Espanha continua com um governo em funções depois de nenhum partido ter obtido maioria absoluta de deputados nas eleições legislativas de 20 de dezembro e, até agora, não ter sido possível encontrar um acordo que permita ao país ter um governo estável.

Nesse escrutínio, o PP ficou em primeiro lugar com 123 deputados, num total de 350. O PSOE ficou sem segundo lugar com o seu pior resultado de sempre e elegeu 90 deputados. Em terceiro ficou o Podemos com 69 eleitos e na quarta posição, com 40 deputados, ficou o Ciudadanos de Albert Rivera. Na noite das eleições, Rajoy prometeu tentar formar um governo estável, mas até agora não conseguiu.

Na conferência de imprensa deste noite na Moncloa, Rajoy reafirmou a sua proposta de uma coligação PP-PSOE-Ciudadanos, sublinhando: “O senhor Sánchez não quis falar comigo”. E prosseguiu: “Pedro Sánchez, quer outra coisa, diferente da que proponho. Quer um pacto com o Podemos, os catalães e a Esquerda Unida”.

O líder do PSOE, que ainda não reagiu, parece agora pressionado por todos os lados. Além da decisão agora tomada por Rajoy, Sánchez enfrenta a pressão do Podemos. No passado fim-de-semana, quando esteve em Lisboa, num comício da candidata presidencial do Bloco de Esquerda Marisa Matias, Pablo Iglesias afirmou: “Por desgraça não temos um PS como o de Portugal”.

O último tweet do líder socialista espanhol relacionado com o tema das eleições e da formação de um governo data das 14.17 (menos uma hora em Lisboa). E diz: “Temos que abrir um cenário de negociação se Rajoy fracassar. Todas as negociações vão ser transparentes, com luz e estenógrafo”.

Autor: sinfoniaesol

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