Passos Mansos – Célia Laborne


 

Tenho medo de ti,

de teus olhos – negros como a noite –

que cantam baladas

e que prometem flores.

Tenho medo de ti,

de teus passos mansos

buscando o meu caminho.

Não venhas à minha porta

para seguir depois,

porque cobrirei de lágrimas

as lembranças que deixares.

Tenho medo de ti,

e outra vez te busco

entre soluço e riso.

E outra vez te espero

na estrada escura

de onde o luar fugiu.

O CAMINHO DO DESTINO – Maria da Fonseca

Partir talvez não fosse a minha crença,
Talvez o desejasse, mas temesse.
O certo é que parti sem mais detença
Em busca d’algo que me pertencesse.

Ao azul, ao mar, ao vento indaguei
Qual o caminho para o meu destino,
Com’ às estrelas da noite implorei
Que norteassem para o bem, meu tino.

Pelo ar voei pra encontrar teu mundo,
Pressurosa andei para te alcançar!
Não previa eu o sentir profundo
Que me inspiraria a te procurar!

O amor chegou, eu me apaixonei.
Tinha pra te dar tudo o que sentia
Tu tinhas pra mim o que em ti amei,
Coração viril que me surpreendia.

Assim os dois partimos de mão dada,
Confiantes na vida que esperava,
A idealizar enfim nossa chegada
Ao ponto de partida. Regressava!

LISBOA – PORTUGAL

(membro efectivo da AVSPE)

sugiro uma visita ao seu blogue:

http://poesiadanatureza.blogspot.com