Só Schumann, meu Amor! Serenidade…
Não assustes os sonhos…Ah! não varras
As quimeras…Amor, senão esbarras
… Na minha vaga imaterialidade…
Liszt, agora o brilhante; o piano arde…
Beijos alados…ecos de fanfarras…
Pétalas dos teus dedos feitos garras…
Como cai em pó de oiro o ar da tarde!
Eu olhava para ti…”é lindo! Ideal!”
Gemeram nossas vozes confundidas.
– Havia rosas cor-de-rosa aos molhos —
Falavas de Liszt e eu…da musical
Harmonia das pálpebras descidas,
Do ritmo dos teus cílios sobre os olhos…
Florbela Espanca – Reliquia
(retirado da página de Anabela de Araújo,
com a devida autorização, do Faceook).