Eu sempre soube que o amor não tinha forma nem qualquer descrição mas mesmo assim nunca parei de tentar preenche-lo com ideias mirabolantes que o meu coração transpunha para o papel. Pintei-o e completei o vasto horizonte de sonhos. Problemas foram surgindo ao preencher a folha que parecia sempre vazia. Consegui concluir que todas as pessoas são iguais, apenas mudam a forma de encaixe das peças em cada problema e em cada passo. Em cada poema inserem a sua letra e em cada texto acrescentam o seu desejável parágrafo. Pouco importa. Todas amam e desejam amar. Querem satisfazer e doar sentimentos mesmo que não consigam pensar nisso sequer. O desejo é mutuo e a vontade atingível. Os pensamentos são vários e todos eles sem nexo, afinal são pensamentos; não existem e só limitam a nossa capacidade de arriscar. Mas o amor é diferente, o amor não pensa. O amor é ilusório e indescritível e eu sempre o tento descrever. Pareço louco ao fazê-lo. O amor é saudável e doentio. É selvagem mas carinhoso. Faz-nos ser tudo e não ser nada que mesmo que o tenhamos no peito vamos pensar ou tentar arrastar o coração com a cabeça não nos importando sequer com a dor que o coração sente ao ser amarrado de tal jeito. E hoje o meu desenho acaba, amanhã comprarei novas cores e novas ferramentas pois a construção é lenta e demorada que num dia não termina para quem quer amar por completa satisfação de um coração.
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