E os ingleses decidiram sair…e David Cameron também diz que vai sair. Texto Visão online

lamentos de Merkel e Hollande

Mundo

24.06.2016 às 13h40

© Hannibal Hanschke / Reuters

Donald Trump diz ter ficado “muito feliz” por ver que os britânicos “recuperaram o seu país”. As principais reações ao Brexit lá por fora

À chegada à Escócia, que votou massivamente pela continuidade do Reino Unido na União Europeia, Donald Trump falou na saída decidida pelos britânicos como um acontecimento “histórico”. Já Angela Merkel e François Hollande lamentaram este desfecho, enquanto os líderes das principais instituições da União Europeia pedem que o processo se conclua “o mais rapidamente possível”.

Angela Merkel, chanceler alemã: “Não há volta a dar. É um golpe para a Europa. O que acontecer nos próximos dias, meses, anos, vai depender do que nós – os restantes 27 membros – formos capazes de fazer e estivermos dispostos a fazer. Os desafios são enormes. Precisamos de garantir que os europeus sentem que a União Europeia quer melhorar as nossas vidas. Esta é a missão da União Europeia e de todos os Estados-membros.”

François Hollande, Presidente francês: “O voto dos britânicos põe a Europa à prova. É uma escolha profundamente dolorosa, mas que é preciso respeitar. A Europa não pode continuar a atuar como até aqui. Deve concentrar-se no essencial, ser portadora de projetos e não perder-se em procedimentos.”

Comunicado conjunto dos quatro líderes europeus, Jean-Claude Juncker (Comissão Europeia), Donald Tusk (Conselho Europeu), Martin Schulz (Parlamento Europeu) e Mark Rutter (presidência rotativa holandesa da EU): “Esperamos agora que o Reino Unido dê cumprimento à decisão do povo britânico o mais rapidamente possível, por muito doloroso que o processo possa ser. Qualquer atraso só prolongaria desnecessariamente a incerteza.”

Donald Trump, provável candidato republicano à presidência dos EUA: “É fantástico, histórico. Estamos muitos felizes. É o mesmo que está a acontecer nos Estados Unidos. O povo está chateado porque há pessoas a chegarem de fora e a quererem controlar o país sem ninguém dar por isso. Basicamente, eles recuperam o seu país.”