A Irlanda tão perto e tão longe…

Esta é uma paisagem da Irlanda.Na Irlanda estão neste momento as três crianças da família
e portanto – o que muito faz doer – pela sua ausência, embora fale com duas(todos os dias)
a terceira ainda é pequena demais para falar ao telefone. Também os vejo pelo messenger…

De há muito que há em mim uma ligação à Irlanda, por ter lá familiares há muitos anos,
a que agora se foram juntar outros e a vontade (é que os mais velhos- como dizem) que
ficaram em Portugal para lá vão também. Andamos ainda naquela dúvida se os que foram
ficarão realmente definitivamente lá ou regressarão…Se acabarem por se fixar lá,
“os velhos” resistirão a manter-se em Portugal ou acabarão por ir ao encontro deles, lá
na mágica Irlanda?!!!

Eu gosto muito de Portugal, do seu sol, das suas praias, da comida…mas estou muito
descontente com muitas situações de “tremendas injustiças” do Governo para com os mais
fracos…Não se “sente que a austeridade esteja a tocar todos da mesma maneira – muito
pelo contrário”, e “a aparente divergência entre o Presidente da República e o Primeiro-
-Ministro, é um disfarce – porque tudo o que chegar ao Palácio de Belém será assinado…”

Assim, vivo numa incerteza muito grande; me manter em Portugal ou ir definitivamente
para a Irlanda, mas a ir éramos todos – 5 pessoas -. 2 casais, mais um filho. Isto
se me referir à família mais chegada.

Hoje estou com uma saudade tremenda das minhas meninas: do sorriso contagiante da Luana
e da voz doce da Pippas(Phillippa).

O SOM NOSSO DE CADA DIA – Célia Laborne(cedido)

gentilmente cedida esta fotografia por Manuel Luís

Todo som é vibração e toda vibração nos atinge no corpo físico, na emoção e na mente. A fala humana é um maravilhoso meio de comunicação que tem sido usado, nem sempre corretamente. Pois deveríamos produzir preferencialmente vibrações de harmonia, de coragem, de corrente positiva.
A fala humana é o termômetro de nosso mundo interior. O grau de equilíbrio, de dinamismo, de concentração ou de medo, de tristeza ou desânimo, são passados através de nossa fala para aqueles que nos ouvem.
Um Mestre de ioga diz que jamais se viu um verdadeiro iogue rouco ou fanhoso. Pelo contrário, ele tem a voz clara, harmoniosa, aveludada; jamais grita ou tenta suplantar a voz do interlocutor.
Observando o nosso modo de falar, ou daqueles que nos rodeiam, apreendemos o estado interior de cada um; percebemos o tipo de energia que circula em cada pessoa.
Simplesmente observando a voz pode-se saber muito sobre cada um; pelas palavras mais usadas, pela modulação da voz, pelo ritmo da fala, pelos gestos que acompanham as palavras.
Também a forma de rir é muito reveladora, é o espelho do mundo interno naquele momento; a altura, o equilíbrio ou o exagero tudo nos mostra o estado interno.
Até mesmo ao telefone, pode-se observar o estado interior de quem nos fala e pode-se também ser atingido pela corrente de energia que nos é transmitida. Há vozes deprimentes, lamurientas e há vozes alegres, vivazes, estimulantes. Há vozes calmantes e irritantes. Existem pessoas que nos cortam a palavra o tempo todo, mesmo quando nos perguntam algo, ou nos pedem uma informação. Há vozes lentas, suaves, compassadas e outras apressadas, prolongadas e nervosas.
Quem evolui um pouco muda sempre sua maneira de falar, seu tom e seu ritmo, seu riso e seus gestos, pois somos um todo, onde as correntes cósmicas jorram em nós como sopros de vida. Somos os instrumentos que se manifestam afinados ou desafinados, falhos ou perfeitos, melodiosos ou irritantes.
Educar a voz, selecionar as palavras, escolher os temas da conversa, preferir o correto, o elevado, o reconfortante é prova de um caminho evolutivo autêntico e superior. Pois a beleza, o ritmo e harmonia fazem parte das Leis da Natureza e tudo que foge a elas agride o ambiente e nos agride como um todo.
E o que se falou sobre as palavras é também muito válido para o canto que é ainda uma vibração mais poderosa e até sutil. As palavras, o tema, o ritmo são importantíssimos para o equilíbrio tanto do cantor quanto dos ouvintes.