Chamo-me angustia…frágil sombra…vestida de noite
No meu rosto…traços de amargura…cinzas do tempo
E no meu corpo este silêncio…leve sopro de morte
Gravado no tempo…tatuado na alma…eterno lamento
Trago nas mãos tempestades…o inferno…e este vazio
Revolvo a terra…procuro na mulher…o raio e o trovão
Amordaço o que resta de mim…quase nada…apenas frio
Não tenho antes nem depois…apenas tempo e solidão
Sou mulher…trago comigo as dores da terra amordaçadas
Os anseios do futuro…as dores do passado… as lágrimas
Os segredos e os medos…de todas as mulheres caladas
Todas as promessas…todos os sonhos e todas as mágoas
Tenho as mãos vazias de esperança na dança breve da vida
Sou uma sombra…quase amor…quase dia…mas apenas noite
Chama ténue…restos de nada e sobras do tempo…só e perdida
Profundo abismo…entre o ser e o querer as amarras do ontem
Nos meus versos há um hino de amor…escombros e solidão
Uma dor rasgada…uma ternura…no meu peito a soluçar
Há meu amor…um grito tão profundo…um sonho…uma ilusão
Uma noite tão vazia…esta amargura…esta mágoa no meu olhar
Entre mim e a noite…os braços…gestos breves amargos
Não sei quem sou…nas entranhas da terra foi onde nasci
Trouxe nas mãos um poema…nos dedos…silêncios vagos
Sou a filha de todos os instantes…sou o principio e o fim
(Sugiro uma visita ao seu excelente blogue:
http://rosasolidao.blogspot.pt
Não sei como é possível descrever sentimentos tão profundos duma forma tão leve e encantadora. Parabéns!
Bjs
Sempre intensas e lindas poesias da Rosa Solidão! beijos às duas,chica
Muito linda poesia da Rosa!Eu sou fã das poesias maravilhosas que ela escreve!bjs,
Adorei esta maravilhosa poesia da Rosa Solidão. Parabéns por tão bela definição!!! Agradeço à minha Amiga ter-me dado a oportunidade de a ler. Beijos